Sete Regras Importantes Para Entender as Pessoas
1: Não chame de maldade o que pode ser explicado como indiferença
As pessoas não se importam com você. Não porque são ruins ou hostis, mas apenas porque elas são principalmente focadas em si mesmas. Cerca de 60% dos pensamentos são auto-direcionados. Meus objetivos. Meus sentimentos. Outros 30% são direcionados aos relacionamentos, porém como eles me afetam. O que Júlia pensa de mim? Como o chefe irá avaliar meu desempenho? Meus amigos gostam de mim, eu lhes pareço um chato?
Apenas 10% é o tempo gasto com empatia. Empatia é o evento raro onde uma pessoa realmente sente as emoções, os problemas e as perspectivas do outro. Em vez de perguntar o que Júlia pensa de mim, eu me pergunto o que Júlia está pensando.
Dentro desses 10%, a maior parte das pessoas divide sua atenção entre centenas de outras pessoas que elas conhecem. Como resultado, você ocupa uma pequena fração de uma porcentagem nas mentes da maioria das pessoas, e apenas o dobro desse percentual em um relacionamento profundamente estreito. Mesmo se você estiver nos pensamentos de alguém, será como a relação de vocês lhe afeta, e não a você.
O que isso significa?
- A timidez não faz muito sentido. Desde que os outros estão focando apenas uma porção ínfima de seus pensamentos em julgá-lo, seus auto-julgamentos são preponderamentemente muito maiores.
- Pessoas que parecem ser hostis geralmente não o são intencionalmente. Há exceções para isso, mas geralmente a ofensa que você sente é um efeito colateral, não a causa principal.
- Manter relações é tarefa sua. Não espere ser convidado para festas ou que as pessoas se aproximem de você.
2: Poucos comportamentos sociais são explícitos
Basicamente essa regra significa que a maioria das intenções por trás de nossos atos são ocultas. Se alguém sente depressão ou raiva, geralmente os comportamentos resultantes distorcem os verdadeiros sentimentos. Se eu sinto você me esnobando, devo segurar minha língua e te ignorar lá na frente.
Há aquela velha piada de que as mulheres usam palavras como "tudo bem" ou "vá em frente", quando elas realmente sentem o oposto. Mas há homens que também fazem isso em situações de polidez, embora não da mesma forma.
A aplicação dessa regra é que você precisa focar na empatia e não apenas em escutar. Mostre confiança e compreensão; aprenda a sondar um pouco. Focando na empatia você pode chegar ao coração da questão rapidamente.
A outra aplicação dessa regra é que na maioria das vezes em que você sente algo, ninguém sequer saberá o que é. Se você disfarça seus pensamentos com suas ações, não fique nervoso ao confundir os outros.
3: O comportamento é largamente direcionado ao altruísmo egoísta
Dizer que todo mundo é completamente egoísta é um exagero grosseiro, que ignora todos os atos de bondade, sacrifício e amor, que fazem o mundo funcionar. Mas eu diria que a maior parte do nosso comportamento surge a partir do altruísmo egoísta.
Altruísmo egoísta é basicamente ganhar/ganhar. Isso é, o quanto te ajudar diretamente irá me beneficiar. Aqui vai um conjunto de categorias principais onde isso é aplicado:
1. Transações - Se eu compro um carro, ambos, eu e o vendedor se beneficiam. Eu levo o veículo que eu quero. O vendedor ganha dinheiro para incrementar seu estilo de vida. Esta é a forma predominante do altruísmo egoísta entre duas pessoas que não possuem laços emocionais.
2. Familiar - Sangue é mais denso que água. Somos condicionados a proteger quem compartilha nossos genes. Isso pode às vezes se estender a amigos extremamente próximos ou alguém que amamos.
3. Status - Ajudar alguém é um sinal de poder. Muitas espécies de primatas oferecem proteção como um sinal de domínio. Pessoas agem similarmente, oferecendo ajuda para aumentar sua auto-estima e reputação.
4. Reciprocidade Implícita - Muitas relações estão baseadas na idéia de que, se eu te ajudo, um dia você irá me ajudar da mesma forma.
Alguns comportamentos estão fora desse grupo. Heróis anônimos morrendo por causas que não têm nada a ver com suas vidas. Voluntários devotando seu tempo em missões humanitárias. Mas esses são minoria, enquanto a maior parte das ações pode ser explicada como alguma forma de altruísmo egoísta.
Como você pode aplicar essa regra? Entendendo os motivos das pessoas e apelando para eles, uma vez que são egoístas. Encontre meios de servir as pessoas dentro dessas quatro categorias. Não espere que alguém ofereça ajuda fora do altruísmo egoísta, isso não é impossível, mas será improvável.
4: Pessoas têm memória fraca
Alguma vez você ouviu o nome de alguém numa festa e mais tarde esqueceu? Outra regra do comportamento humano é que as pessoas têm dificuldade de se lembrarem das coisas. Especialmente informações (recordando a regra 1) que não se aplicam a elas mesmas. Pessoas são mais passíveis de relembrar suas similaridades do que suas diferenças (a menos que estejam emocionalmente envolvidas por elas).
O fato é que a maioria das pessoas não tem uma agenda organizada. Pessoas são esquecidas por natureza, então, não julgue que seja maldade ou desinteresse se alguém te esqueceu. O outro lado dessa regra é que você pode conquistar confiança e simpatia, tendo uma boa memória ou uma agenda (se ela não falhar).
5: Todo mundo é emocional
Talvez isso seja um exagero. Mas as pessoas tendem a ter fortes sentimentos, porém escondem. Isso é facilmente explicável: qualquer um que saia por aí tendo explosões de ira, ou demonstre depressão ou entusiasmo gritante, é olhado com estranheza na maioria das culturas.
A aplicação dessa regra é não achar que está tudo bem apenas porque alguém não teve um ataque de nervos. Todos nós temos os nossos problemas individuais, medos e preocupações. Você não precisa convidar as pessoas a falar de seus problemas particulares, mas ter sensibilidade em captar esses processos internos dará a você uma vantagem em tentar ajudar.
A aplicação alternativa dessa regra é similar à regra 2. Pessoas geralmente supõem que tudo está bem com você, a menos que você estoure.
6: Pessoas são solitárias
Esta é outra generalização ampla. Mas é incrível como muitas pessoas que parecem ter tudo, sofrem crises de solidão. Como animais sociais, as pessoas são especialmente sensíveis a qualquer ameaça de abandono. No tempo das cavernas, o exílio significava a morte, portanto a solidão e o desejo de estar com outras pessoas é algo poderoso.
A aplicação para essa regra é que a solidão é perfeitamente comum, e nesse caso, você não está realmente só. Eu costumava ficar chateado quando me via sozinho ou deslocado em algum grupo social. Porém, uma vez que eu também sou um ser humano, procuro encarar esse sentimento como perfeitamente normal, e isso me ajuda a minimizá-lo.
7: Já mencionei que as pessoas são ocupadas consigo mesmas?
Isso pode soar como uma reiteração da regra 1, mas eu creio que as aplicações se estendem para além dos relacionamentos e do nosso estado emocional. Saber que as pessoas tendem a ser muito auto-centradas para te dar muita atenção, que elas tendem a ser mais solitárias, mais emocionais e se sentem diferentemente do que deixam transparecer, tudo isso irá afetar o modo como você vê o mundo.
Em alguma situação, essa perspectiva poderá lhe tornar mais pró-ativo e independente. Desde que eu comecei realmente a compreender essas regras, tudo isso fez muito mais sentido do que eu pude me dar conta. Colocando sua felicidade individual nas mãos de outra pessoa (ou pessoas), você está ignorando todas essas regras, e agindo por sua conta e risco.
Eu gosto de ter uma visão otimista, porém realista, das pessoas. Geralmente, elas pensam de si o melhor, mas cometem equívocos e sofrem por uma preocupação excessiva consigo mesmas. Em outras palavras, elas são basicamente como você.
TicoSan, esse post foi traduzido por mim e enviado ao Ueba.com.
ResponderExcluirPor favor, acrescente o link para a minha postagem:
http://johnny-rox.blogspot.com/2008/02/sete-regras-importantes-para-entender.html