Mas o problema pode ser mais sério em dispositivos construídos em nanoescala - como os sensores da sua máquina fotográfica digital ou, principalmente, os sensores dos sensíveis telescópios espaciais, que detectam raios-X das galáxias distantes.
Transístor de calor
Agora, pesquisadores da Finlândia e da Itália, trabalhando conjuntamente, conseguiram dar o primeiro passo para resolver de vez o problema do calor em dispositivos eletrônicos em nanoescala: eles construíram um transístor de calor - um componente que utiliza os elétrons não para transportar eletricidade, para transportar calor.
Em um transístor normal, como os utilizados para a fabricação de todo tipo de equipamento eletrônico, a corrente elétrica que passa entre dois eletrodos é controlada pela tensão aplicada em um terceiro eletrodo. Já no transístor de calor, a tensão aplicada nesse terceiro eletrodo controla o calor que flui entre os dois primeiros.
Menor refrigerador do mundo
O fluxo de calor transferido de um eletrodo para outro pode ser aumentado, diminuído ou até mesmo interrompido, apenas controlando-se a tensão na base do transístor de calor.
O calor é transportado pelos elétrons à medida em que eles tunelam entre uma porção de material supercondutor e o eletrodo de cobre. Como os elétrons se repelem mutuamente, apenas um deles consegue passar de cada vez, o que torna o transístor de calor o menor refrigerador do mundo.
Os elétrons de maior energia - mais "quentes" - tunelam de volta para o material supercondutor, enquanto os elétrons menos energéticos permanecem atrás do eletrodo de cobre. Isso faz com que esse eletrodo se resfrie até uma temperatura de cerca de 0,1 K. Isso é mais frio do que os 0,3 K alcançados com o resfriamento com hélio-3, a técnica padrão de criogenia.
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