sexta-feira, 29 de junho de 2007

CAPÍTULO 17 - O SEGREDO DE BATHILDA


“Harry pare.”
“ Algo errado?”
Tinham apenas alcançado a sepultura de um desconhecido. Abbott.
“ Tem alguém ali. Tem alguém nos vigiando. Estou dizendo. Lá sobre os arbustos.”
Eles pararam completamente em silêncio, um segurando no outro fitando o preto denso limite do cemitério. Harry não podia ver nada.
“ Você tem certeza?”
Eu vi alguma coisa se movendo, eu poderia jurar que vi...
Ela soltou-se dele para deixar a mão livre da varinha.
“ Estamos iguais aos trouxas,” disse Harry.
“ Trouxas apenas estariam deixando flores nas sepulturas de seus pais”! Harry eu tenho certeza de que há alguém ali!”
Harry pensou em Uma História da Magia, o cemitério supostamente devia ser assombrado: E se-- ? Mas então ele ouviu um farfalhar e viu um pequeno redemoinho que expulsava neve na moita a qual Hermione tinha apontado. Fantasmas não poderiam mover a neve.
“É um gato” disse Harry, segundos depois “ou um pássaro”. Se fosse um Comensal da Morte eles já estariam mortos agora. “Mas vamos sair daqui cobertos pela capa”.
Olharam de relance para trás repentinamente enquanto caminhavam para fora do cemitério.
Harry, que não tinha se sentido tão bem-disposto quanto ele pretendia ao confortar Hermione, estava grato por alcançar o portão e o pavimento úmido. Eles puxaram a capa. O pub estava mais cheio do que estava. Muitas vozes agora cantavam lá dentro canções de Natal que ouviram quando se aproximaram da igreja. Por um momento Harry considerou sugerir que eles se refugiassem lá dentro, mas antes que ele pudesse dizer algo Hermione murmurou, “Vamos por este caminho” puxando ele para uma rua escura que conduzia para fora da vila, na direção oposta que tinham entrado. Harry poderia marcar o ponto onde as casas de campo terminavam e a ruela se transformava em território aberto de novo. Andaram o mais rápido que puderam, após mais janelas reluzentes com pisca-piscas e contornos escuros das arvores de natal através das cortinas.
“ Como iremos encontrar a casa de Bathilda?” perguntou Hermione que estava tremendo um pouco e continuava espiado por cima dos ombros, Harry, o que você acha? Harry?
Ela cutucou seu braço, mas Harry não deu atenção. Ele estava olhando para a massa escura parada no fim das casas. Neste momento ele se apressou, arrastando Hermione junto fazendo-a escorregar um pouco no gelo.
“ Harry ---“
“ Olho.. olhe ali Hermione...”
“ Eu não.. oh!”
Ele poderia ver; o feitiço Fidelius havia morrido junto com James e Lily. O sebe cresceu selvagemente durante dezesseis anos, desde que Hagrid tirou Harry dos entulhos que se espalharam na grama na altura da cintura. A maior parte da casa ainda estava de pé apesar de estar inteiramente coberto por uma neve escura, mas o lado direito do assoalho superior tinha sido destruído. Harry tinha certeza, foi onde aconteceu a contra-explosão. Ele e Hermione estavam no portão enquanto contemplavam a destruição do que deveria ter sido uma casa do gosto de quem construiu.
“ Queria saber porque ninguém reconstruiu isso?” sussurrou Hermione.
“ Talvez não possa ser reconstruído” Harry respondeu “Talvez é como Magia Negra e não pode ser reconstruído”
Ele deslizou uma mão sobre a capa de invisibilidade para o nevoado e denso enferrujado portão, não queria abrir, mas simplesmente segurar alguma parte da casa.
Você não vai entrar?" Parece inseguro, pode - - oh, Harry olhe!"
O toque dele no portão parecia ter feito isso. Um sinal teve elevação fora do chão em frente a eles, para cima das confusões de urtigas e ervas-daninhas, como algumas flores estranhas, na madeira algumas letras diziam:


NA NOITE DE 31 DE OUTUBRO DE 1981,
LILY E JAMES POTTER PERDERAM SUAS VIDAS,
SEU FILHO, HARRY, FOI O ÚNICO BRUXO
A TER SOBREVIVIDO A MALDIÇÃO DA MORTE,
ESTA CASA, INVISÍVEL PARA OS TROUXAS, FOI DEIXADA
EM SEU ESTADO ATUAL COMO UM MONUMENTO DOS POTTERS
E UMA LEMBRANÇA DA VIOLÊNCIA
QUE ACONTECEU COM SUA FAMÍLIA.


E em volta dessas organizadas letras cultas, garranchos tinham sido adicionados por outras bruxas e bruxos que tinham vindo ver o lugar onde o Menino-Que-Sobreviveu escapou. Alguns tinham meramente assinado seus nomes com Tinta Eterna; outros tinham esculpido suas iniciais na madeira, ainda outros tinham deixado mensagens. A mais recente dessas, cintilando claramente por mais de dezesseis anos de dignos grafites mágicos, diziam todas coisas similares.

BOA SORTE HARRY, ONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA.
SE VOCÊ LER ISSO, HARRY, NÓS TODOS TE APOIAMOS!
LONGA VIDA AO HARRY POTTER.

" Eles não deviam ter escrito na placa!" disse Hermione, indignada.
Mas Harry rio feliz para ela.
"É brilhante. Estou contente que eles escreveram. Eu..."
Ele parou. Uma pesada fracassada figura estava marcada acima da ruela em direção a eles, desenhado como uma silhueta pelas luzes claras na praça distante. Harry pensou, embora fosse difícil adivinhar, que aquela figura era uma mulher. Ela estava se movendo vagarosamente, possivelmente com medo de cair no chão coberto de neve. Sua inclinação, seu jeito corpulento, seu arrastar de pés enquanto andava, tudo deu uma impressão de uma idade extrema. Eles assistiram em silêncio enquanto ela se adiantou para mais perto. Harry estava esperando para ver se ela iria virar em alguma pequena casa pelas quais estava passando, mas ele sabia instintivamente que ela não iria. Finalmente ela veio e parou a algumas jardas deles e simplesmente permaneceu no meio da estrada congelada, encarando-os.
Ele não precisou do beliscão de Hermione em seu braço. Não havia duvida dúvidas que essa mulher não fosse uma trouxa. Ela estava parada ali, contemplando a casa, que estaria invisível se caso ela não fosse uma bruxa. Assumindo que ela era uma bruxa, porque, quem teria o comportamento estranho de sair em uma noite fria simplesmente para olhar uma ruína velha. Por todas regras de magia normal ela não poderia ver Hermione e ele. Não obstante, Harry teve a estranha impressão que ela sabia onde estava e que eles estavam ali.
Justo na hora que ele tinha chegado a esta conclusão, ela elevou a mão e acenou.
Hermione se moveu mais perto dele na capa, o braço dela apertou contra o seu.
“ Como ela sabe?”
Ele tremeu a cabeça dele. A mulher acenou novamente, mais vigorosamente.
Harry poderia pensar em muitas razões para não obedecer o chamado e as suspeitas sobre a identidade dela estava crescendo mais todo momento que eles esperassem que enfrentariam um ao outro na rua deserta.
Será possível que ela estivesse esperado por eles todos esses meses? Dumbledore tinha lhe dito que esperasse que Harry iria ali afinal? Não era possível que ela tinha se movido nas sombras do cemitério e seguido-os até esta mancha? Até mesmo a habilidade dela para os sentir foi passado por Dumbledore, ou ela nunca os teria encontrado.
Finalmente Harry falou, fazendo Hermione ofegar e saltar.
“ Você é Bathilda?”
A figura surda acenou com a cabeça e acenou novamente. Em baixo da capa de invisibilidade Harry e Hermione se entreolharam. Harry elevou a capa; Hermione deu um aceno minúsculo, nervoso.
Eles piscaram para a mulher, e imediatamente ela virou e mancou para trás de onde eles tinham surgido. Conduzindo-os por casas passadas, ela entrou em um portão.
Eles a seguiram por um caminho de um jardim tão grande. Ela procurou desajeitada mente a chave e colocou na porta da frente, então abriu e afastou para que eles pudessem entrar.
Ela cheirava ruim ou talvez era a casa dela; Harry enrugou o nariz dele e se moveu do lado além dela e puxou a capa. Agora que ele estava do lado dela, percebeu como ela era pequena, curvada com a idade ela era do tamanho do tórax dele. Ela fechou a porta atrás deles; então virando e investigando a face de Harry. Os olhos dela eram grossos com cataratas e afundados em dobras de pele transparente, e cara inteira dela foi pontilhada com veias quebradas e manchas mais ao vivo.
Ele desejou saber se ela poderia entender alguma coisa, mesmo se pudesse, era o trouxa calvo cujo identidade que ele tinha roubado que ela veria.
O odor da velhice, de pó, de roupas não lavadas e comida podre quando ela desenrolou um manto de baco roído pelas traças, enquanto revelava uma cabeça de cabelos brancos e escassos na qual o couro cabeludos mostrou claramente.
“ Bathilda?” repetiu Harry.
Ela acenou com a cabeça novamente. Harry se deu conta do medalhão contra a pele dele; a coisa que estava dentro dele fez tique-taque; ele poderia sentir isso pulsando pelo ouro frio. Soube, então, que a coisa que destruiria isso estava próxima?
Bathilda arrastou além deles e desapareceu em o que parecia um quarto séssil.
“ Harry, eu não estou certa sobre isso;” disse Hermione
“ Olhe para o tamanho dela, acho que se quisermos domina-la, conseguiremos” disse Harry “Olhe, eu deveria ter lhe falado. Eu soube que ela não é muito boa. Muriel chama ela de ‘gaga’”.
“ Venham” chamou Bathilda do próximo quarto.
Hermione pulou e agarrou com força o braço de Harry.
“ Tudo bem” disse Harry de maneira tranqüilizadora, conduzindo-a para o quarto.
Bathilda estava cambaleando em volta do lugar, acendendo velas mas ainda estava muito escuro sem mencionar extremamente sujo. A poeira espessa estalava abaixo de seus pés, e o nariz de Harry detectou, por trás do cheio forte de mofo algo pior como ruar estragado. Ele imaginou quando havia sido a última vez que alguém entrara na casa de Bathilda para checar o que ela estava fazendo. Ela parecia haver esquecido que poderia fazer mágica,pois estava acendendo as velas desajeitadamente com as mãos, o punho de renda da sua capa em constante perigo de pegar fogo.
“ Deixe-me fazer isso” ofereceu Harry pegando os fósforos dela, ela o ficou observando enquanto ele terminava de acender as velas, que repousavam em pires em volta da sala. Empoleiradas precariamente em pilhas de livros e nas mesinhas abarrotadas com xícaras rachadas e mofadas.
A última superfície em que Harry colocou a vela era um baú com a frente em forma de arco, no qual repousava um grande número de fotografias. Quando a chama dançou vivamente o reflexo ondulou em seus vidros e pratas empoeirados. Ele viu alguns pequenos movimentos das figuras. Enquanto Bathilda se atrapalhava com a lenha para o fogo, ele murmurou “targeo”. A poeira sumiu das fotografias, e ele viu o que algo foi perdido de uma meia dúzia dos maiores e mais ornamentados quadros. Ele imaginou por que ela Bathilda ou alguém mais os haveria removido, então a visão de uma fotografia próxima ao fundo da coleção capturou sua visão e ele a agarrou.
Era o ladrão de cabelo dourado e rosto sorridente, o homem jovem que havia se empoleirado no parapeito de Gregorovitch sorrindo preguiçosamente para Harry de sua moldura prateada. E veio a Harry instantaneamente onde ele havia visto o garoto antes : “A vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore”, de braços dados com o Dumbledore adolescente, devia ser lá que todas as fotografias perdidas estavam: no livro de Rita.
“ Senhora – Madame – Bagshot?” Ele falou, e sua voz tremeu entrecortada. – “ quem é esse?”
Bathilda estava de pé no meio da sala, observando enquanto Hermione acendia o fogo pra ela.
“ madame Bagshot?” Harry repetiu e avançou com a fotografia à frente.
Ela observou solenemente e ergueu o olhar pra Harry.
“ Você sabe quem é esse?” ele repetiu em uma voz muito mais alta e lenta que o usual. “Esse homem? Você o conhece? Como ele se chama?”
Bathilda apenas olhou vagamente e Harry sentiu uma terrível frustração. O quanto teria Rita Skeeter aberto as memórias de Bathilda?
“ Quem é este homem?” ele repetiu audivelmente.
“ Harry o que você está fazendo?” Perguntou Hermione.
“ Essa foto. Hermione, é o ladrão que roubou de Gregorovitch!Por favor!” Ele disse para Bathilda. “Quem é esse?”
Mas ela apenas o fitou.
“ Por que você nos pediu para vir com você, Senhora-Madame-Bagshot, o que queria nos dizer?”
Sem dar nenhum sinal de que ela havia ouvido Hermione, Bathilda agora arrastou os pés alguns passos em direção a Harry. Com uma pequena sacudida em sua cabeça, ela olhou de volta para o Hall.
“ Você quer que a gente saia?” Ele perguntou.
Ela repetiu o gesto, dessa vez apontando frustradamente pra ele, depois pra ela mesma e então para a campainha.
“ ah..certo...Hermione, eu penso que ela quer que a gente vá com ela, escada acima.”
“ ok” disse Hermione “Vamos”.
Mas quando Hermione se moveu, Bathilda balançou sua cabeça com um vigor surpreendente, mais uma vez apontando, primeiro para Harry e depois pra ela mesma.
“ ela quer que eu vá com ela, sozinho.”
“ Por que?” perguntou Hermione, e sua voz soou forte e clara na sala iluminada por velas, a velha senhora balançou um pouco a cabeça por causa do alto barulho.
“ Talvez Dumbledore tenha falado pra ela dar a espada pra mim, e apenas para mim?”
“ Você realmente acha que ela sabe quem você é?”
“ Sim”disse Harry olhando pros seus olhos leitosos fixados nele “eu acho que ela sabe”
“ tá bem, ok então, mas seja rápido Harry.”
“ mostre o caminho” Harry disse a Bathilda.
Ela pareceu entender, por que arrastou os pés em volta dele em direção a porta, Harry deu uma olhada de volta pra Hermione com um sorriso tranqüilizador, mas ele não estava certo de que ela havia visto. Ela permaneceu abraçando a si mesma, no meio da sala, olhando em direção à estante de livros. Enquanto Harry caminhava pra fora da sala, fora da visão de Hermione e Bathilda, ele deslizou a moldura prateada do desconhecido para dentro de seu casaco.
Os degraus eram íngremes e estreitos, Harry estava meio tentado a colocar suas mãos nas corpulentas costas de Bathilda pra assegurar que ela não caísse de costas sobre ele, pois era o que parecia. Lentamente e resfolegando um pouco, ela subiu para o piso superior, virando imediatamente a direita e o conduzindo a um quarto de teto baixo.
Era totalmente escuro e cheirava horrivelmente, Harry havia acabado de visualizar um penico debaixo da cama, antes que Bathilda fechasse a porta, e eles fossem engolidos pela escuridão.
“ lumus” falou Harry, e sua varinha acendeu. Ele deu um salto, Bathilda havia se movido pra perto dele naqueles poucos segundos de escuridão,e ele não havia ouvido sua aproximação.
“ Você é o Potter?” Ela murmurou;
“ sim, eu sou”
Ela concordou lentamente, solenemente, Harry sentiu o Horcrux bater rapidamente, mais rápido que seu próprio coração, o que dava uma sensação agitada e desconfortável.
“ Você tem alguma coisa pra mim?” Harry perguntou, mas ela parecia distraída pela luz de sua varinha. “Você tem alguma coisa pra mim?” Ele repetiu.
Então ela fechou seus olhos e várias coisas aconteceram.
A cicatriz de Harry pulsou dolorosamente, o Horcrux pulsou tanto que a frente do seu suéter estava agora se movendo, o escuro e fedido quarto se dissolveu momentaneamente. Ele sentiu um assomo de alegria e falou em uma voz alta e fria: “segure-o!”
Harry oscilou onde ele estava. O escuro, quarto malcheiroso pareceu se fechar em volta dele de novo, ele não sabia o que tinha acabado de acontecer.
“ Você tem alguma coisa pra mim?” Ele perguntou pela terceira vez, bem mais alto.
“ Por aqui”, ela murmurou, apontando o canto. Harry levantou sua varinha e viu os contornos de uma penteadeira, abaixo de uma janela com cortinas.
Dessa vez ela não o guiou, Harry se esgueirou entre ela e a cama desfeita, sua varinha erguida. Ele não queria afastar seu olhar dela.
“ O que é isso” ele perguntou ao alcançar a penteadeira, cujo topo estava cheio com o que parecia e fedia como roupa suja.
“ lá” Ela falou apontando para a massa sem forma.
E no momento que ele afastou o olhar, seus olhos vasculharam o emaranhando por um punho de espada, um ruby, ela se moveu estranhamente. Ele viu pelo canto de seus olhos,o pânico fez com que ele se virasse e o horror o paralisou enquanto ele via o velho corpo explodindo e uma cobra gigante surgindo do lugar onde seu pescoço havia estado.
A cobra atacou enquanto ele erguia sua varinha, a força do ataque em seu antebraço fez sua varinha girar em direção ao teto sua luz se projetando fracamente em volta do quarto e apagando, então um poderoso golpe de cauda em sua barriga lhe tirou todo o ar, Harry caiu pra trás sobre a penteadeira na bagunça de roupas imundas. Ele rolou de lado, escapando por pouco da cauda da cobra que esmagou o topo da mesa onde ele havia estado um segundo antes. Fragmentos da superfície de vidro caíram sobre ele quando ele bateu no chão. De baixo ele ouviu Hermione chamar :”Harry?”
Ele não conseguiu reunir fôlego suficiente para chamar de volta, Então uma fumaça densa o esmagou contra o chão, e ele sentiu deslizando sobre ele, um poderoso e musculoso –
“ Não!” ele engasgou, esmagado contra o chão.
“ Sim”, murmurou a voz, “simm...Segure-se...segure-se...”
“ Accio…Accio varinha…”
Mas nada aconteceu e ele precisou de suas mãos para tentar afastar a cobra dele enquanto ela se enrolava em volta de seu peito drenando o ar dele, pressionando duramente o horcrux nele, um círculo de gelo que batia com vida, a polegadas de seu próprio e frenético coração, seu cérebro estava se afogando em uma luz branca e fria, todos os pensamentos destruídos, seu próprio fôlego drenado passos distantes, tudo indo....
Um coração de metal estava batendo do lado de fora do seu peito, e agora ele estava voando... voando com triunfo em seu coração, sem precisar de vassoura ou threstálias...
Ele foi abruptamente acordado na fétida escuridão, Nagine o havia libertado. Ele se ergueu e viu o contorno da cobra contra a luz, Ela atacou e Hermione mergulhou de lado com um berro, seu feitiço protetor atingiu a janela, que estilhaçou. Ar gelado encheu o quarto enquanto Harry patinava para escapar de outra chuva de vidro quebrado, e seu pé escorregou em algo com forma de lápis - Sua varinha – Ele inclinou-se e agarrou-a, mas agora o quarto estava cheio pela cobra, sua calda despedaçando, Hermione estava fora de visão e por um momento Harry pensou o pior mas então houve um alto estalo, e um flash de luz vermelha, e a cobra voou no ar, batendo no rosto de Harry enquanto ia enrolando mais e mais em direção ao teto. Harry ergueu sua varinha, mas enquanto fez isso sua cicatriz pareceu pulsar mais dolorosamente, mais forte do que havia feito em anos.
“ ele está vindo! Hermione, ele está vindo!”
Enquanto ele gritou a cobra caiu assoviando de forma selvagem. Tudo era um caos, ela esmagava as gavetas contra a parede, coisas partidas voando de todos os lados enquanto Harry pulava sobre a cama e prendeu a forma negra que ele sabia ser Hermione...
Ela gritou de dor conforme ela colocou suas costas na cama: a cobra se pôs em retaguarda novamente, mas Harry sabia que pior do que a cobra vindo, talvez até a caminho, era que sua cabeça iria explodir com a dor de sua cicatriz.
A cobra deu o bote assim que ele lançou-se numa corrida, pegando Hermione com ele; Hermione gritou, “Confringo!” e seu feitiço voou pelo quarto, explodindo o espelho do guarda roupas e ricocheteando atrás deles, do chão ao teto. Harry sentia o calor da cicatriz da costa de sua mão. O vidro cortou sua bochecha quando – puxando Hermione com ele – Harry saltou da cama para a penteadeira. e então, direto para fora pela janela despedaçada, para o nada, o grito dela ressoando pela noite enquanto eles giravam no meio do ar....
E então, sua cicatriz explodiu e ela era Voldemort e estava correndo através do quarto fétido, suas longas mãos brancas apertando o peitoril da janela conforme ele controlava cruelmente o homem careca e a pequena mulher girava e desaparecia, e ele gritava com raiva, um grito que misturava-se com o da garota, que ecoava pelos jardins negros sobre os sinos da igreja soando no dia de Natal...
E seu grito era o grito de Harry, sua dor era a dor de Harry... que isso podia acontecer aqui, onde já tinha acontecido antes... aqui, dentro da visão daquela casa onde ele havia chegado tão perto de saber o que era morrer... morrer... a dor era tão horrível... rasgando seu corpo... Mas se ele não tinha corpo, por que sua cabeça doía tanto; se ele estava morto, como ele podia se sentir tão insuportavelmente, a dor não cessava com a morte?, não ia embora?...
A noite úmida e o vento, duas crianças vestidas como abóboras ‘andando como patos’ pelo quadrado e as vitrines das lojas cobertas em papel venenoso, todos as armadilhas Trouxas de mau gosto num mundo em que eles não acreditavam... e ele estava deslizando, o senso de objetivo, poder e justiça que ele sempre sentia nessas ocasiões.. nada de raiva... isso era para almas mais fracas que a dele... mas triunfo, sim.
Ele tinha esperado por isso, aguardado...
“ Bela fantasia, senhor”
Ele viu o pequeno sorriso do garoto hesitando, enquanto ele corria o suficiente perto para enxergar debaixo da capa de invisibilidade, viu o temor turvando sua face: então a criança se virou e correu... Sob a capa, ele segurou o cabo de sua varinha... Um simples movimento e a criança nunca mais encontraria sua mãe... mas desnecessário, um tanto desnecessário...
E por uma rua nova e ainda mais escura ele movia-se, e agora seu destinho estava ao alcance por fim, o Encanto Fidelius quebrado, achava que eles ainda não sabiam... Ele fez menos barulho do que o deslizar de uma cobra pelo pavimento enquanto ele parava na cerca-viva...
Eles não tinha desenhado as cortinas; ele os viu claramente no pequeno cômodo, o homem alto de cabelos pretos em seu óculos, soprando fumaça colorida de sua varinha para a distração do pequeno garoto de cabelos também pretos em seu pijama azul. A criança estava rindo e tentando pegar a fumaça, para trazê-la em suas pequenas mãos...
Uma porta se abriu e a mãe entrou, dizendo palavras que ele não podia escutar, os longos cabelos vermelho-escuro caindo sobre sua face. Agora o pai levantou o filho em seu colo e o entregou para a mãe. Ele jogou sua varinha debaixo do sofá e espreguiçou-se, bocejando...
O portão rangiu um pouco enquanto ele o abria, mas Tiago (James) Potter não escutou. Sua mão branca puxou a varinha debaixo da vapa e apontou-a para a porta, que se abriu com um estouro....
Ele já tinha passado o solado da porta quando Tiago veio correndo para o hall. Estava fácil, muito fácil, ele nem mesmo tinha pego sua varinha...
“ Lily, pegue o Harry e vá! É Ele! Vá! Corra! Eu vou mantê-lo aqui!”

Segurá-lo sem varinha na sua mão...Ele riu antes de lançar o feitiço...
“ Avada Kedavra!”
A luz verde encheu o apertado Hall, iluminando o carrinho de bebê encostado contra a parede, fazendo o corrimão brilhar como faixas de luz, e James Potter caiu como uma marionete cujos cordões são cortados. Ele pode ouví-la gritando do piso superior, presa, mas enquanto ela fosse sensível ela, ao menos, não tinha nada a temer...Ele subiu os degraus, ouvindo com leve prazer as tentativas dela de se proteger, ela também não tinha varinha...como eles eram estúpidos, e quão confiantes, achando que repousavam tranqüilos entre amigos que as armas poderia ser descartadas mesmo que por momentos....
Ele forçou a porta empurrando de lado a cadeira e as caixas precariamente empilhadas contra a porta com um movimento preguiçoso de varinha... e lá estava ela, a criança nos braços. Com a visão dele, ela colocou seu filho no berço atrás e abriu os braços, como se isso pudesse ajudar como se protegendo ele da visão ela esperasse ser escolhida ao invés....
“ não o Harry, Não o Harry, por favor, Não o Harry!”
“ Saia da frente garota tola...saia da frente agora.”
“ O Harry não, por favor, me leve, Mate-me ao invés...”
“ este é o meu último aviso...”
“ Harry não por favor, tenha piedade tenha piedade...Não o Harry!Não o Harry por Favor...Eu farei qualquer coisa...”
“ saia da frente saia da frente garota!”
Ele poderia ter forçado ela pra longe do berço, mas pareceu imprudente para acabar com todos....
A luz verde brilhou em volta do quarto e ela caiu como seu marido. A criança não havia chorado todo esse tempo. Ele ficou lá segurando nas barras do seu berço e levantou o olhar para o rosto do intruso com um tipo de interesse brilhante.
Pensando talvez que era seu pai escondido atrás da capa, fazendo mais luzes bonitas, e sua mãe se levantaria a qualquer momento, rindo---
Ele apontou a varinha muito cuidadosamente para a face do menino. Ele quis ver acontecer, a destruição deste, o perigo inexplicável. A criança então começou a chorar: Tinha percebido que aquele não era James. Ele não gostou do choro, ele nunca foi capaz de engolir os pequenos chorando no orfanato--
" Avada Kedavra!"
Então ele "quebrou". Ele não era nada, nada alem de dor e terror, e ele tinha que se esconder, não aqui nos escombros da casa arruinada aonde a criança que foi emboscada gritava, mas longe... muito longe...
" Não..." ele gemeu
A cobra sussurrou no chão imundo, e ele tinha que matar o menino, e ao mesmo tempo ele era o menino...
" Não..."
E agora ele encarava a janela quebrada da casa de Bathilda, emergido em recordações de suas grandes perdas, e aos seus pés a grande cobra deslizou sobre os vidros e porcelana quebrada. Ele olhou para baixo e viu algo... viu algo incrível
" Não.."
" Harry, está tudo bem, você está bem!"
Ele se inclinou e apanhou a fotografia amassada. La estava ele, o ladrão desconhecido, o ladrão que ele vinha procurando...
" Não... eu derrubei... eu derrubei..."
" Harry, está tudo bem, acorde, acorde!"
E ele era o Harry... Harry, não Voldemort... E a coisa que sussurrava não era a cobra...
Ele abriu os olhos
" Harry" Hermione sussurrou. "Você está... está se sentindo bem?"
" Sim," Ele mentiu.
Ele estava na barraca, deitado na cama debaixo do beliche coberto por várias mantas. Ele pode perceber que era quase manhã pela quietude e intensidade do frio, luz plana alem do teto de lona. Ele estava encharcado de suor, ele podia sentir isso nos lençóis e mantas.
" Nos escapamos"
" Sim" disse Hermione "Eu tive que usar o feitiço de levitação para leva-lo até o seu beliche. Eu não pude ergue-lo... Você foi... Você não foi totalmente...
Havia sombras roxas debaixo de seus olhos marrons, e ele notou uma pequena esponja na sua mão: Ela tinha estado passando em sua face.
" Você esteve mal..." ela terminou "Bem mal"
" Há quanto tempo partimos?"
" Hora atrás. É quase manhã"
" Eu estive... o que, inconsciente?"
" Não exatamente." Hermione disse desconfortavelmente "Você gritava e gemia... e coisas"
Você tem uma marca, Eu sinto muito, eu tive que usar um Feitiço Cortante para tirar de você. A cobra de acertou também, mas eu já limpei a ferida e coloquei algum Dittany..."
Ele puxou a camiseta suada que estava usando e olhou para si. Lá estava, era um oval escarlate encima do coração dele aonde o medalhão tinha queimado. Ele também podia ver o buraco meio curado no antebraço dele.
" Aonde você pôs o Horcrux?"
" Em minha bolsa. Eu acho que deveríamos manter lá por um tempo"
Ele se encosta nos travesseiros e olha para a face dela.
Não deveríamos ter ido a Godric's Hollow. É minha culpa, tudo minha culpa. Hermione, eu sinto muito."
" Não é sua culpa. Eu quis ir também; Eu realmente pensei que Dumbledore poderia ter deixado a espada lá para você."
" Yeah, bem... Entendemos errado não é?"
" O que aconteceu Harry? O que aconteceu quando ela te levou para o andar de cima? A cobra estava escondida em algum lugar? Ela só saiu,a matou e atacou você?"
" Não" ele disse "Ela era a cobra... ou a cobra era ela... desde o principio"
" O-o que?"
Ele fechou os olhos. Ainda podia sentir o cheiro da casa de Bathilda nele; fez com que tudo se tornasse horrivelmente vivido.
" Bathilda deveria estar morta a um tempo. A cobra era... estava dentro dela. Você-sabe-quem a colocou lá em Godric's Hollow, para esperar. Você estava certa. Ele sabia que eu iria voltar."
" A cobra estava dentro dela?"
Ele abriu os olhos novamente. Hermione parecia revoltada, nauseada.
" Lupin disse que haveria magias que nunca imaginamos" Harry disse "Ela não queria falar na sua frente, porque seria ofidioglota, e eu não perceberia, mas é claro, poderia compreende-la. Uma vez que estávamos no quarto, a cobra enviou uma mensagem para Você-Sabe-Quem, eu ouvi isto acontecer dentro da minha cabeça, eu o senti excitado, ele disse para me manter lá... e então..."
Ele se lembrou da cobra que saia do pescoço de Bathilda. Hermione não precisava saber dos detalhes.
" Ela mudou... mudou para cobra e atacou."
Ele olhou para as feridas
" Ela não deveria me matar, apenas me manter lá até que Você-Sabe-Quem chegasse"
Se ele ao menos tivesse conseguido matar a cobra, teria valido a pena, tudo... Cansado de tudo aquilo, ele se sentou e jogou as matas.
" Harry, não, tenho certeza que você deveria descansar"
" Você é que precisa de dormir. Sem ofensas, mas você parece terrível. Eu estou bem. Eu ficarei de guarda por um tempo. Aonde está a minha varinha?"
Ela não respondeu, ela meramente olhou para ele.
" Onde está minha varinha Hermione?"
Ela estava mordendo os lábios, e as lágrimas brotaram dos olhos dela
" Harry..."
" Onde está minha varinha?"
Ela a alcançou debaixo da cama e a ofereceu para ele.
A varinha de Oliveira e pena de Fênix estava partida em duas. Uma praia frágil pena de fênix mantinha os dois pedaços unidos. A madeira tinha lascado completamente separada.
Harry levou-a a suas mãos como se fosse algo vivo que havia sofrido um terrível dano. Ele não pode pensar corretamente. Tudo era uma mistura de panico e medo.
Então ele a ofereceu a Hermione.
" Repare. Por favor"
" Harry, eu não acho que quando se quebra assim..."
" Por favor Hermione... tente"
" R-Reparo"
A metade quebrada da varinha se reparou. Harry a ergueu.
" Lumus"
A varinha brilhou delicadamente, e então apagou. Harry apontou-a a Hermione.
" Expelliarmus!"
A varinha de Hermione deu uma pequena sacudida, mas não saiu de sua mão. O sutil esforço mágico foi demais para a varinha de Harry, que se dividiu em duas de novo. Ele a fitou, aterrorizado, incapaz de absorver o que estava presenciando... a varinha que tinha sobrevivido a tanta coisa...
" Harry." Hermione sussurrou tão baixo que mal dava para ouví-la. "Eu sinto muito, muito mesmo. Acho que fui eu. Quando estávamos saindo, você sabe, a cobra estava vindo em nossa direção, então eu usei um Fetiço Explosivo e ela ricocheteou em tudo e ela deve ter -- deve ter acertado --"
" Foi um acidente" Harry falou, mecanicamente. Estava se sentindo vazio, atordoado. "Nós vamos -- nós vamos dar um jeito de consertá-la."
" Harry, não acho que seremos capazes de fazê-lo." disse Hermione, as orelhas pingando em seu rosto. "Lembra... lembra de Rony? Quando ele quebrou a varinha ao bater o carro? Nunca mais foi a mesma, e ele teve que pegar uma nova."
Harry lembrou de Olivaras, seqüestrado e mantido refém por Voldemort; de Gregorovitch, que agora estava morto. Como é que ele iria conseguir uma nova varinha?
" Bem," ele disse, num falso tom de conformidade, "então, por enquanto eu uso a sua emprestada. Enquanto eu faço a vigia."
Com o rosto lustrado por lágrimas, Hermione entregou sua varinha, e ele a deixou sentada ao lado de sua cama, desejando nada mais nada menos que distância dela.

CRÉDITOS: Jonathan, Renata, Isabella, Isa, Skye, Raft, Malth.

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